sexta-feira, 10 de abril de 2015

CABO DE VASSOURA


CABO DE VASSOURA
Clerisvaldo B. Chagas
Crônica Nº 1.406

Ser um prefeito ou gestor municipal é administrar o patrimônio de uma significativa parcela da população. Sabemos como é difícil para certas pessoas, administrar a sua própria casa dividida em vários departamentos. Primeiro tem que manter um bom relacionamento com a esposa ou esposo, pois do contrário o casamento se acaba e vira pesadelo. Depois vem o emprego ou negócio que também precisa de grande competência para o equilíbrio. Contas de água, luz, telefone, impostos e taxas de quase tudo, farmácia, doenças, bens adquiridos, prestações, lixo doméstico, manutenção física da casa e muito mais. Imaginemos, então, administrar uma prefeitura, uma casa muito maior e mais complexa e que pertence ao povo.
Muitos não conseguem administrar seu próprio patrimônio, quanto mais o alheio. Uns erram porque são mais fracos do que cabo de vassoura. Outros erram propositadamente, pois não se conformam com o “salário” que o povo lhe paga, no valor de um automóvel por mês ou de dois em dois meses, permitindo que o cidadão gestor, saia rico com honestidade.
Podemos classificar gestores de vários tipos, iguaizinhos aos donos ou donas de casa. Entre eles está o democrata/ditador. É eleito democraticamente, ao tomar posse, na prática, age como um ditador, como se tudo que tivesse no município fosse sua propriedade. Uns, mesmo assim, conseguem mostrar progresso à população que o elegeu. Outros não conseguem libertar-se da ruindade de nascença. O povo grita, berra, vocifera, mas o “pobre coitado”, não consegue se desgrudar do deslumbramento de tanto dinheiro que vê e nunca havia visto, afogando-se nas próprias ambições.
Será que o amigo leitor teria como dizer quantos prefeitos e mesmo vereadores foram afastados por força da lei, em Alagoas e no Brasil, somente na gestão atual?
E o que acha dos inoperantes que bem poderiam pedir desculpas aos seus leitores, entregando o cargo às mãos competentes.
Vários deles assumem o cargo público e não admitem críticas ao seu governo, fazem ameaças quando não conseguem calar a Imprensa. Não seria melhor responder as críticas com trabalho de que desviar seu fracasso tentando quebra de braço judicial?
Incomodados com jornalistas (que cumprem seu papel) não podem ser homens públicos. Nesses tempos modernos em que o povo  tudo sabe, a expressão chula não morreu. Falando sobre “prefeito cabo de vassoura”, um bêbado dizia numa cidade do interior: “peça para c... e saia”.




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