segunda-feira, 27 de outubro de 2014

CAÇAS E AMERICANISMO



CAÇAS E AMERICANISMO
Clerisvaldo B. Chagas, 28 de outubro de 2014
Crônica Nº 1.291

Caça Gripen. Divulgação Saab.
O contrato entre a Aeronáutica e o grupo sueco de armamento Saab, pode representar o sonho brasileiro de possuir naves de guerra fabricadas no Brasil. Torcíamos para que o negócio entre países incluísse a transferência de tecnologia. Ainda sem condições de fabricar esses aviões, o Brasil ficava a mercê da boa vontade estrangeira. Poderia, por exemplo, comprar aviões, mas na precisão poderia também ficar sem peças e sem poder fabricá-lo. No caso de um aperto de guerra estaria perdido.
Com essa compra de 36 caças Gripen da Suíça, O Brasil não teria feito nada de extraordinário se não tivesse assegurado a transferência de tecnologia. Esse é o poder de fabricar seus próprios aviões de guerra, inclusive aperfeiçoá-los, entrando definitivamente nesse clube fechado de fabricantes.
Não basta ser uma potência econômica, é necessário também se transformar em potência militar. Um país cheio de tantas riquezas naturais e com dimensão de continente, não poderia a nação brasileira mostrar-se fraca em relação as suas Forças Armadas. O mundo vive em guerras constantes, não sabemos sobre o futuro e nem os limites das ambições humanas.
Não importa se o negócio custará US$ 5,4 bilhões. Além de equipar a sua Força Aérea, fabricar seus próprios aviões, abre-se a perspectiva para centenas de empregos, independência militar e possibilidade de cobrir o capital empregado em vendas futuras para outros países.
Caso os aviões adquiridos fossem americanos, seria incerta a transferência tecnológica.
Segundo vimos, já fabricamos alguns tipos de navios de guerra, tanques e mesmo submarino nuclear. Com o domínio das tecnologias e investimentos, não temos dúvidas do respeito que será imposto lá fora, com o tempo.
Almejamos a paz, vivemos na paz, cultuamos a paz. Entretanto, por via das dúvidas...






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