quarta-feira, 14 de maio de 2014

DONA JOANINHA, A MULHER DE FERRO



DONA JOANINHA, A MULHER DE FERRO
Clerisvaldo B. Chagas, 15 de maio de 2014
Crônica Nº 1.189

GUARDIÃ D. JOANINHA E GUARDIÃO CLERISVALDO. Foto: M. Messias.
O povo sertanejo gosta muito de citar a frase “É morrendo e aprendendo”, atribuída a um sujeito imaginário chamado Camões. Apesar de ser filho de Santana do Ipanema e viver nesse pedaço de mundo, só há pouco descobri Maria Joana da Conceição. De origem pernambucana e vivendo em Alagoas desde os dezessete anos, quando veio morar no sítio Pinhãozeiro, dona Joaninha, como é conhecida é uma figura extra.
Mulher de pequena estatura, roceira e semianalfabeta, puxando para os sessenta anos de idade, consegue prender o pesquisador até por um dia inteiro, se precisar. D. Joaninha é doce quando quer ser doce e fera quando a situação exige. É uma senhora guerreira das mais guerreiras e carrega consigo a sapiência da vida. Gosta muito de contar casos, a maioria acontecida com ela mesma e, que deixa o ouvinte atento, extasiado. O pesquisador logo percebe que está diante de uma pessoa diferente e de um valor de alto preço.
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GUARDIÃO MANOEL MESSIAS, GUARDIÃ D. JOANINHA E NETA. Foto: Clerisvaldo.
Lutando na roça e nas causas sociais, muitas vezes enfrentando políticos e pessoas da Justiça, pelos seus direitos e direitos alheios, tem dado até lições em magistrados que se metem à besta. Tem enfrentado marginais em seu território e gritado nos ouvidos das autoridades através do rádio e da presença física. É um terror para os inimigos, um poço de sabedoria para os que dela se aproximam.
Dona Joaninha, atualmente, reside no Bairro Bebedouro e dirige duas comunidades vizinhas: Bebedouro e Maniçoba




Dizendo-se cansada de tanta luta, nem queria participar de mais nada, porém, abraçou de imediato a causa da futura AGRIPA, tornando-se uma das fundadoras da Associação Guardiões do Rio Ipanema.


Sua presença nas reuniões da AGRIPA é uma festa grande de tanta satisfação e, para os chamados à luta, está sempre em traje de guerra.
Em Santana do Ipanema, mulher nenhuma é mais valorosa do que Maria Joana. Onde está o reconhecimento a essa estrela de primeira grandeza? A AGRIPA tem o prazer e o orgulho de constar em seus quadros a DONA JOANINHA, A MULHER DE FERRO.

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