quinta-feira, 23 de agosto de 2012

CHOCOLATE É DEZ


CHOCOLATE É DEZ
Clerisvaldo B. Chagas, 23 de agosto de 2012.
Crônica Nº 848

FESTA DO CHOCOLATE (Fonte: Radar64.com).
Todo mundo sabe que chocolate é bom. Delícia! Nem sei se pode falar essa palavra “delícia”, pois, por causa dela um funcionário de empresa está pagando quinze mil reais por chamar a colega de “delícia” e “gostosona”.  Mas quanto ao chocolate, já deram muitos títulos ao filho do cacau. Imaginem os amigos como também esse produto é caro no mercado. Qualquer barrinha tem o poder de furar o bolso do consumidor. Pense então naquela barra grandona que faz a felicidade do viciado em chocolate! Mas nem todos são arriados por essa guloseima, deixando suas mordidinhas apenas para o tempo de páscoa ou para a festa de Natal onde se misturam as coisas. Cacau, mais um produto utilizado pelos antigos indígenas da América Central, presente para o branco do momento a preço de ouro e prestígio no mercado do mundo. No Brasil, o chocolate passou a fazer parte de famosos festivais de inverno, onde se misturam palavras portuguesas juntas ao inglês. Para muitos que gostam de festa, frio, vinho, queijo e chocolate, estão ali os paraísos da vida, baseados no dinheiro farto ou nas dificultosas economias.
O pobre também gosta de chocolate. Dá uma mordida no bicho, nem que seja coisa alhei, bem que deve compensar. Mas pessoas bem de vida também aproveitam a desgraça dos outros para o ato nada aconselhável de saquear lojas e caminhões tombados. Essa mania que pegou no Brasil, além de incentivar o roubo, afasta o sentimento de solidariedade como socorro às vítimas de acidentes. “A população saqueou a carga de chocolate transportada pelo caminhão que tombou na manhã desta quarta-feira (22), no Km 704, da BR-101, próximo ao município de Eunápolis, região sul da Bahia, informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF)”. Vejam que situação. As vítimas lá gemendo, e os populares saqueando a carga, sem dor alguma na consciência, pois a vida passou a não valer nada mesmo, principalmente se for alheia. O saque acima poderia ter sido de qualquer tipo de carga, pois isto passou a ser rotina em nosso país. Mas acontece que essa era de chocolate, carga cheirosa e fácil de transportar que deve ter atraído muitos adolescentes para o ato que parecia uma festa.
Pelas fotos mostradas na Imprensa, o chocolate baixou bruscamente no sul da Bahia. Quando o produto não vai ao povo o povo vai ao produto. Afinal de contas, ao soar o alarme, alguém deve ter gritado: “Vamos a ele, não importa a marca, CHOCOLATE É DEZ”.

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