segunda-feira, 21 de maio de 2012

XÔ AZAR!


XÔ AZAR!
         Clerisvaldo B. Chagas, 22 de maio de 2012.

 Mais uma vez a natureza vai pregando peça no ser humano. O recente terremoto que abalou a Itália, se não foi dos maiores, mas também não foi tão mimoso assim, atingindo os seis pontos da escala Richter. Dizem que morreram sete pessoas e ficaram milhares desabrigados. A Itália, assim como outras regiões que sofrem periodicamente o fenômeno, não está preparada para tal. Aliás, ninguém está totalmente preparado contra as grandes fúrias naturais: terremotos, maremotos, furacões, tempestades de areia, secas, enchentes, nevascas... O medo está sempre em primeiro lugar, muitas vezes traumatizando as criaturas. Apesar de vulcões e terremotos serem coisas comuns na Itália, a multidão pareceu enlouquecida, mais uma vez, tentando escapar dos prédios em que estava abrigada na hora. Ninguém quer morrer soterrado e, a rua livre, ainda representa uma esperança, mesmo remota, debaixo do pânico. Foram apenas vinte segundos de tremor forte, mas vinte segundos para um terremoto significa uma eternidade diante do perigo. Região densamente povoada o nordeste italiano está situado em região não confiável, pois lá em baixo existe o limite entre duas placas tectônicas.
          As placas tectônicas vêm sendo estudadas desde 1912 pelo geógrafo alemão Alfred Wegener, estudos esses aperfeiçoados pelos geólogos americanos Harry Hess e Robert Dietz. Segundo esses grandes pesquisadores, nós vivemos em cima de blocos sólidos que parecem com peças de um quebra-cabeça. Essas peças de quebra-cabeça ou blocos são chamadas de “placas tectônicas”. Essas placas, seis grandes e outras pequenas, estão flutuando sobre uma lama muito quente. Os países estão assentados sobre essas placas. Acontece que o perigo é quando essas placas que estão sempre se balançando sobre a lama (magma), se afastam uma das outras, resvalam, batem entre si, provocando erupções vulcânicas, maremotos e terremotos. O perigo maior está sempre no país situado todo ou em parte entre uma placa e outra que é o lugar onde acontece a briga das placas. Uma região ou país situado em cima de um limite de duas placas sofre uma ameaça eterna. Graças a esses e outros cientistas maravilhosos, ficamos sabendo cada vez mais sobre os fenômenos da Natureza, porém, o duro mesmo é como se proteger dessas ameaças. 
          O Brasil não está situado no limite de nenhum desses blocos, está no centro. Mas às vezes o impacto acontecido em outro território, ainda penetra em solo brasileiro. Enquanto isso a Itália vai sendo atingida pelos terremotos imoral de Berlusconi, pelo terremoto da crise econômica e pelo terremoto das placas Tectônicas. XÔ AZAR!

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