quarta-feira, 23 de maio de 2012

OS TREMORES DE MINAS

OS TREMORES DE MINAS
Clerisvaldo B. Chagas, 24 de maio de 2012.
 A população urbana tem os benefícios da morada coletiva, porém, os problemas nas cidades grandes são inúmeros, pois as necessidades correm sempre à frente e os benefícios atrás. A compreensão humana ainda é pouca para a boa convivência dos mortais com a natureza. Além da ignorância que impedem melhor qualidade de vida, a ambição desmedida dos tubarões, cooperam para a degradação do meio, além das péssimas administrações públicas que se sucedem. Tantas coisas negativas acumuladas levam quase sempre à solidão e ao desespero dos que habitam na selva de concreto. É o lixo, quedas de barreiras, enchentes, atrasos de coletivos, greves, congestionamentos e tantas outras coisas que parecem eternamente sem soluções. A parte social tanto constrói como destrói partes da natureza que quase sempre reage de forma violenta como burro nervoso escoiceando pelo excesso de carga. As ações do homem, às vezes até com muito boa vontade, pode contribuir para situações futuras de desespero e dor.
           Quando a água da chuva penetra em certos tipos de solo, logo é filtrada, esbarrando no chamado “lençol freático” que não tem profundidade definida. Em alguns lugares essa água pode receber certos minerais e quando é descoberta pelo homem passa a ser chamada de “água mineral”. O homem aprendeu a retirar essa água do subsolo e vender aos habitantes como fonte de saúde. Se chover sempre, essas reservas permanecerão abastecidas. Acontece, porém, que o indivíduo impermeabiliza o solo através do asfalto. A quantidade de água retirada, milhões e milhões de litros, com fins comerciais, não é reposta mais pela filtragem de solo impermeável. Com o tempo, vão ficando espaços vazios onde havia água. O peso dos grandes edifícios e muitas outras coisas terminam pressionando as cavidades que ficaram vazias, provocando um acomodamento que pode ser intenso, abalando a superfície, causando danos de toda a natureza semelhante à terremoto. Foi o caso, tudo indica, dos abalos recentes de Minas Gerais. Esses fenômenos podem acontecer a qualquer momento onde a exploração da água mineral não possui critério, mas também pela exploração de outros tipos de minerais. A região de Maceió onde se exploram as fontes pode apresentar surpresas desagradáveis no futuro, à semelhança de Minas. O caso dos abalos de Caruaru via Rio Grande do Norte, é motivado por outro tipo de fenômeno. Fica para outra ocasião. Pelo exposto, pode ter sido esse ou não, o caso dos TREMORES DE MINAS.




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