domingo, 29 de janeiro de 2012

FALTA DE VERGONHA

FALTA DE VERGONHA
Clerisvaldo B. Chagas, 30 de janeiro de 2012
            
            Fica evidente que existe na vida certa cumplicidade dos formadores de opinião quando o alvo é poderoso. Vai-se passando a mão por cima das porcarias por que foi fulano quem disse, foi à entidade xis quem realizou. A pornografia sem freios na Internet possui os seus adeptos, mas se uma voz se alevanta contra, pode parecer cafonice, pessoa desatualizada com o mundo moderno. Talvez por isso, até grandes organizações religiosas ou outras com finalidade de preservar os bons costumes, encontram na covardia uma maneira inglória de calar. Em nome de “não à censura” ou do “tudo pode”, é que vemos hoje até em jornais virtuais importantes pelo nome, dividir sua página entre notícias e apologia ao sexo. É mais fácil para certos profissionais estampar as imundícies degradantes, com notícias de prostitutas de luxo que num passe de mágica ganha destaque na televisão e em outros meios, de que mostrar o seu verdadeiro talento profissional. Parece que o mundo, principalmente o Brasil vai perdendo a batalha em favor dos bons costumes e da preservação da família.

É frustrante, então, quando se pertence a uma organização social ou religiosa de renome, quando se vê os compromissos covardemente encolhidos como cabeça de jabuti, preferindo uma atuação parcial no seu próprio mundo. É como se dissesse “vamos cuidar de nós que somos bem dirigidos e honrados, pois a banda podre que vai crescendo sem barreiras, não pertence a nossa alçada”. Isso representa uma falta de resistência contra o lado fétido da existência que vai contaminando o geral da sociedade até o seio familiar, muitas vezes já sem alicerce nenhum. Sobre a televisão mesmo, é triste constatar a degradação infeliz das edições. Emissoras de conceito como a Globo, por exemplo, apavorada pela concorrência e outras coisas mais que só ela sabe dizer, resolve apelar para a baixaria total, como a mais vulgar das emissoras, a exemplo da prostituição estimulada e explícita do Pedro Bial e seu programa nojento. Alguns programas ainda merecem altos conceitos, mas outros fazem corar a uma família de vergonha ao assistir junta os seus estímulos degradantes.

Temos captados sim, vozes isoladas contra essa fase corrupta dos meios de comunicação, mas vozes que até escondem a identidade com medo do massacre do vulgar. Não existe mais respeito por nada nem por ninguém, num atestado que o “Auto da Compadecida”, está cada vez mais presente e atualizado no meio brasileiro em que vivemos. Nem precisa imitar o Ariano Suassuna da peça de 1955, ela ainda mostra direitinho a omissão de 2012. Uns dizem que é carência de talento, outros falam que a mediocridade é apenas FALTA DE VERGONHA.

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