terça-feira, 14 de dezembro de 2010

BICHOS-PAPÕES

BICHOS-PAPÕES
(Clerisvaldo B. Chagas, 15 de dezembro de 2010)
     O esporte ainda é uma oportunidade de confraternização entre os povos. O futebol, entre outras modalidades, ganhou simpatia cada vez mais crescente nos estádios longínquos do planeta. Assim como no Brasil, tendo como centro São Paulo/Rio de Janeiro, a bola foi expandindo sua magia, trazendo outros estados para o mesmo patamar, também aconteceu no resto do mundo. A evolução futebolística continua atraente fora do eixo América do Sul/Europa. As competições vão ficando cada vez mais difíceis com novos personagens nos palcos de lutas. O encanto não está somente no bailado do campo, mas em outros vários aspectos que fascinam estudiosos de olhos atentos. Os estádios, isoladamente, são obras de arte que atraem visitantes em todos os lugares, tanto as arenas antigas e famosas quanto as modernas que disputam beleza, segurança e engenharia. Complementam ainda o núcleo da batalha campal, as cores dos times, a exibição da plateia e todas as novidades que aparecem durante uma partida. A pessoa pode não gostar do futebol, mas tem que admitir o cenário extra que deslumbra.
     Movidos pela paixão brasileira representada pelo Internacional de Porto Alegre, vimos à merecida evolução do futebol africano. O Mazembe levou do Congo para o Oriente Médio, a antiga alegria pura, hoje perdida, do futebol do Brasil. Os rapazes da África deram espetáculo dentro e fora do campo com tudo que foi apresentado e nos impondo um 2x0. Para começar, os mais exóticos cortes de cabelos e enfeites, cativaram o público dos Emirados e do mundo. A dancinha do goleiro africano foi atração à parte, mostrada a irreverência na mídia internacional. Os tiques nervosos do goleirão, em nada atrapalharam as suas vigorosas defesas. O terno branco com listas pretas na frente das blusas representava uma coreografia que combinava perfeitamente com a pele dos congoleses. E a FIFA, contratando quarenta e sete elementos da torcida organizada Corvo ─ ave sinistra como o urubu ─ fez muito bem. Essa torcida, com trajes de tradições tribais, representou nova atração na merecida vitória do Mazembe.
     E como já foi dito, é preciso ser muito mais que brasileiro para ganhar torneios importantes como Copa do Mundo, Mundial de Clubes, Copa das Confederações e outros, por que o mundo inteiro vai se nivelando por cima. Não acompanho futebol, mas um jogo internacional, sempre me puxa um pouco para a poltrona. E na partida que rolou ontem na capital Abu Dhabi, apesar da minha torcida pelo representante brasileiro, brilharam os africanos. E eles tinham que chegar aonde chegaram porque mereceram e tem que extravasar mesmo e rebolar em cima de nós. Pois quem quiser que não respeite os morenos do Mazembe que representam no momento, quer queiram, quer não queiram os novos BICHOS-PAPÕES


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