segunda-feira, 3 de maio de 2010

TODOS PAGARÃO

TODOS PAGARÃO
(Clerisvaldo B. Chagas. 4.5.2010)
Mesmo nos oceanos as águas não param seus movimentos. Essas movimentações recebem nomes específicos: ondas, marés, vagas ou ressacas, marulho, correntes marítimas ou marinhas. Cada uma dessas agitações possui as suas peculiaridades que são estudadas com frequência. Existem ramos especializados que procuram penetrar nesse complexo marinho ainda hoje sensível e misterioso. Entre os movimentos citados, o que mais nos interessa agora, é a corrente.
As correntes marinhas são verdadeiros “rios” de água salgada que se movimentam dentro dos oceanos. Essas correntes podem ser quentes e frias e circulam por todos os mares e oceanos a uma velocidade de 8 a 10 km por hora. Também possuem profundidade, largura e características próprias. Não se misturam com as outras águas e são identificadas pela cor e temperatura. Os ventos (como os alísios) são a principal causa dessa circulação além dos movimentos da Terra. Sabemos ainda que no hemisfério norte, as correntes vão para a direita; no hemisfério sul essas massas de água seguem para a esquerda. São elas que influenciam os climas do mundo. Levam frieza para amenizar lugares quentes, trazem calor para aquecer regiões mais frias. Além disso, as correntes marinhas também são utilizadas pela navegação e mexem com formas de vida vegetal e animal. Plantas e bichos migram através das correntes, como os pinguins que sempre aparecem no mar do Rio de Janeiro. Existem desertos que não chove ou chove pouco por causa da influência de correntes. O de Atacama, no Chile, é um exemplo. Os estudiosos foram denominando as correntes frias e quentes que iam descobrindo. Hoje, elas se apresentam devidamente mapeadas com destaques nos mapas físicos do mundo.
O vazamento de óleo no Golfo de México, com a explosão da plataforma marítima, continua jorrando sem tampão. O prejuízo, em todas as esferas, que causará nos estados do sul dos Estados Unidos, será incalculável. Mas quem quiser que pense que o prejuízo vai ficar somente por ali. A Europa ainda vai soltar muitos palavrões com esse entrevero por causa de correntes marítimas. Previ aqui mesmo com bastante antecedência o “labafero” que iria acontecer na Grécia. Tudo se confirmando. A chamada Corrente (quente) do Golfo que passa no sul da América do Norte, poderá levar o óleo para o norte da Europa, aonde a Corrente do Golfo vai dividindo-se em outras partes. Portugal, norte da Espanha, países nórdicos e mesmo as proximidades da ilha da Groenlândia, poderão sofrer com essa movimentação.
Secas, enchentes, terremotos, maremotos, tsunamis e crises financeiras, perdem a vez diante desse vazamento medonho lá para cima. O mundo contempla atônito, mais essa desastrada ação humana que lembra os conselhos das nossas avós: “Não se deve mexer no que está quieto”. A conta do desastre espetacular, não tenha dúvidas, TODOS PAGARÃO.


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