quinta-feira, 29 de abril de 2010

VIM, VI E VENCI

VIM, VI E VENCI
(Clerisvaldo B. Chagas. 30.4.2010)
Após receber vários títulos pelo mundo, finalmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebe sua coroa do mais importante jornal do planeta. Ser apontado pelas folhas desse tradicional meio de comunicação representa o muito e o muito mais. Ser chamado de “O líder mais influente do mundo”, deve ter sido uma surpresa para muita gente que só enxerga mandatários de países alheios, sobretudo dos Estados Unidos. Refiro-me aos brasileiros que nunca estão conformados seja lá com o que for dentro do seu próprio país. São os eternos mal-humorados que se encontram em áreas econômicas políticas e mesmo em todas elas. O pessimista eterno nem nele próprio acredita, sendo fonte perigosa aos que convivem com a sua ingrata presença. Lula sempre expressou admiração por Juscelino. Tanto poderemos dizer que foi Juscelino o maior presidente do Brasil quanto afirmar que o Lula está sendo o maior de todos. Mas é importante saber que ninguém é igual a ninguém. Quando fazemos alguma coisa por grandiosa que seja, foi porque alguém atrás nos deixou em condições de fazer. O aperfeiçoamento da humanidade já está dizendo: é um processo continuado de retalhos que vão formando uma colcha confortável e sem fim.
Já falamos muito neste espaço de democracia ampla sobre a política externa brasileira. Ser amigo das nações, negociar com todos os países, extirpar armas nucleares e resolver problemas diplomaticamente, na luta por um planeta melhor e mais igualitário quanto possível. Essa ofensiva tem sido sucesso absoluto até porque, como foi reconhecido na Europa, ninguém levou ideias novas para a política mundial, a não ser o Brasil. A Inglaterra, acostumada com sua esquadra poderosa e seu veneno traiçoeiro fomentando intrigas pelo mundo. Estados Unidos, senhores do trovão que se acham gigantes e indestrutíveis, continuam unidos a Inglaterra formando a dupla sertaneja Cascavel e Jararaca. Como pode um país pacifista enfrentar as montanhas sem os botes infernais dos pedregulhos? Poucos acreditavam nos pensamentos pacatos de Mahatma Gandhi contra os poderosos canhões dos impávidos britânicos. Venceu o amor e a inteligência privilegiada do líder indiano onde quem ditava era a arrogância da força. São esses impérios de arsenais nutridos que estão caindo atordoados com a força nova espalhada pela coragem, solidariedade, amor e tino advocatício dessa nação brasileira. Não importa que tenha sido Lula. Poderia ter sido José, Benedito, Erundina ou Senhorzinho Malta. O importante é o reconhecimento sobre uma nação pouca séria para uma seriedade extremada, atriz global no mundo da truculência. Emociona o que falou o representante do Caricom dizendo que Lula disse coisas que eles ─ países pequenos ─ sempre tiveram medo de dizer. É o Brasil gritando pelos menores e oferecendo ajuda.
Alguns deslizes são cometidos pelo presidente brasileiro, mas isso em momento algum macula o mérito do reconhecimento do Time. Sim, isso é motivo de regozijo para a pequenina cidade pernambucana de Caeté, berço do seu presidente; lugar de passagens obrigatórias desse colunista. Motivo também de orgulho para o Nordeste e todo o Brasil. “O cara”, o líder mais influente do mundo atual. Quem diria! Com 83% de aprovação no governo e mais um título desses, o que mais desejará o presidente! Que teria dito Lula aos familiares? Na falta de César, talvez: “Veni vidi vice”. "VIM, VI E VENCI”.


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